O termo sustentabilidade sugere um modelo “capaz de atender as necessidades da sociedade atual sem comprometer que as gerações futuras satisfaçam as suas com processos produtivos enxutos, econômicos e inovadores”.
A palavra sobrevivência remete a vários conceitos e interpretações. Poderia ser o ato ou efeito de manter-se vivo, de continuar existindo, ou a ação de continuar vivo mais tempo que outra(s) pessoa(s) ou até mesmo a condição de permanecer vivo após acontecimento de gravidade extrema.
Mas, se partirmos do pressuposto que só haverá futuro se houver presente, o que temos realizado para garantir que haja recursos suficientes hoje e para que as futuras gerações sobrevivam?
Estamos diante de uma catástrofe climática e humana sem precedentes. A falta de água e alimento assola países inteiros, o degelo de áreas antes tidas como “eternamente congeladas” tem liberado vírus e bactérias desconhecidas pela ciência, a pesca predatória tem trazido prejuízos muito maiores que o aumento do preço do quilo do peixe, e a apatia dos líderes globais frente a essas calamidades é simplesmente constrangedora.
A partir desta breve análise, a noção de sustentabilidade em relação à sobrevivência da humanidade e o enfrentamento de consequências geradas por ações desencadeadas pelo próprio homem podem ser melhor entendidas. De forma contínua, intensa e imprescindível, a formação de uma nova consciência ambiental está cada vez mais necessária através do engajamento da sociedade mundial na busca por mudanças voltadas ao consumo de bens, serviços e produtos classificados como sustentáveis. Não amanhã, mas sim hoje.
Esta jornada tem origem nos impactos que os cenários permitem visualizar, desde as consequências da não atitude proativa até as oportunidades geradas e disponíveis a partir da transformação e inovação.
Para que o presente, e consequentemente o futuro, não seja prejudicado pela falta de recursos naturais, o processo de transformação através do consumo consciente tornou-se consenso mundial. Numa visão macro e atual, não mais considera-se como essencial apenas a maximização dos lucros. Passou a ser uma questão simples e pura de sobrevivência.
É imprescindível assegurar que necessidades serão preservadas para as próximas gerações, mas é importante lembrar que os efeitos catastróficos de nossas ações já são sentidos atualmente. É preciso ter consciência e agir sob a visão do equilíbrio. É preciso lutar contra o consumismo artificial e concentrar-se coletivamente em soluções saudáveis para a humanidade.
Temos que ter a certeza de agir preventivamente integrando forças transformadoras indispensáveis à nossa sobrevivência agindo através do pensamento circular, e não mais linear. Estratégias aplicadas cada vez mais deverão levar em consideração a racionalidade no uso e exploração de recursos naturais, muito além de capacidades técnicas e econômicas, com introdução de novos conceitos e relações harmoniosas entre os envolvidos e partes interessadas. Estas ações tem a característica de mitigar fatores de risco, podendo ser transformadas em políticas sustentáveis, proporcionando vantagem competitiva nos negócios, distinguindo-os no mercado por seus atributos de comprometimento à sobrevivência sustentável.
Autor: Milton Martins revisão e contribuição Márcia Werle e Cristiane Azevedo